Background
Em dezembro de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinaram o projeto de cooperação técnica internacional BRA/24/022 – Fortalecimento das capacidades no Judiciário Brasileiro com enfoque na promoção da cidadania, em linha com os princípios da diversidade, inclusão, ética e do humanismo.
O projeto tem como objetivo a promoção da cidadania no Judiciário brasileiro em duas frentes:
desenvolvimento de competências de bacharéis em Direito em qualquer situação de vulnerabilidade socioeconômica que possuam interesse em ingressar na carreira da magistratura; construção de um espaço para discussão de temas relevantes para magistradas/os e serventuárias/os da justiça que atuem na primeira e segunda instância e nas Cortes superiores.A presente contratação está relacionada à segunda linha de atuação, também denominada “Vozes do Judiciário” (ou “Diálogos da Magistratura”, “Espaço de Reflexão Judicial”, “Rede de Saberes Judiciários”), que é voltada às/aos magistradas/os e serventuárias/os da Justiça brasileira e visa promover o debate e o intercâmbio de conhecimentos, inclusive com representantes de Cortes estrangeiras, sobre as dificuldades, a estrutura e os desafios atuais enfrentados na gestão da Justiça e no julgamento de temas relacionados aos direitos humanos, a exemplo dos decorrentes das mudanças climáticas, das inovações tecnológicas, dos fluxos de migração e refúgio, do tráfico de pessoas, entre outros, considerando a prática jurisdicional como parte de contextos sociais, econômicos e culturais atuais, humanismo e ética.
O projeto trará benefícios para a sociedade brasileira, ao contribuir para a preparação de juízas/es e servidoras/es para enfrentar os novos desafios das demandas das/os jurisdicionadas/os e o fortalecimento da Justiça no país.
Nesse sentido, as ações previstas têm como foco desenvolver competências dos ingressos na carreira e qualificar o Poder Judiciário para os desafios contemporâneos mais relevantes, mediante o intercâmbio de conhecimentos e experiências voltadas aos magistrados brasileiros.
Escopo da Função
A/O Analista (Coordenador) de projetos de Direitos Humanos trabalhará presencialmente e atuará na coordenação geral do projeto, junto às equipes do PNUD e do STJ e em estreita colaboração com a Gerente Sênior de Projetos do PNUD, incidindo no planejamento, discussão estratégica e acompanhamento da implementação do trabalho dos diferentes eixos, garantindo a coesão entre eles.
A/O profissional será responsável por acompanhar a implementação do projeto do ponto de vista técnico e administrativo, estabelecendo estratégias coerentes com a ênfase em direitos humanos e acesso à Justiça a que se propõe o projeto, de forma alinhada às boas práticas de implementação e acompanhamento de projetos. De modo a engajar de forma técnica e crítica nas discussões sobre os temas centrais do projeto, trazendo proposições e sugestões para o trabalho, bem como liderar e trabalhar em equipe, colaborando para o estabelecimento de cronogramas, acompanhando entregas e prazos e zelando pela qualidade técnica das ações realizadas pelas diferentes equipes de implementação do projeto. Além de atuar para garantia de coesão nas entregas das diferentes equipes do projeto e para seu respectivo registro, realizando planejamento, administração e monitoramento do projeto e acompanhamento das entregas previstas.
Para o alcance desses objetivos, estão previstas as seguintes atividades indicativas:
Apoiar tecnicamente a implementação do projeto em colaboração com PNUD e STJ
Contribuir de forma técnica, crítica e informada para decisões relativas à implementação do projeto. Apoiar a definição das prioridades de execução conforme decisões estratégicas do STJ. Atuar de forma organizada e pró-ativa, acolhendo diferentes demandas. Participar ativamente dos diálogos com colegas e supervisores.Planejar e organizar a execução das entregas do projeto
Estabelecer cronogramas e estratégias de execução das entregas. Atuar em conformidade com princípios de diversidade, inclusão, ética e humanismo. Integrar contribuições das áreas técnicas e de gestão.Coordenar a implementação técnica e demandas dos parceiros
Coordenar a implementação técnica e ferramentas do projeto. Alinhar ações às boas práticas, diretrizes institucionais e regras do PNUD. Acompanhar e avaliar entregas intermediárias dos projetos. Garantir a viabilidade e a coesão do trabalho entre diferentes frentes da equipe.Garantir a qualidade técnica e a unidade das entregas
Zelar pela qualidade técnica das entregas junto à coordenação do PNUD e equipe do STJ. Promover a unidade entre diferentes frentes da equipe. Aprimorar a coesão entre frentes paralelas de trabalho.Coordenar ações de gestão do conhecimento e produção técnica
Coordenar ações de gestão do conhecimento no âmbito do projeto. Promover e difundir conhecimentos e produtos elaborados. Elaborar subsídios para relatórios de acompanhamento. Produzir documentos técnicos e de gestão, como minutas de termos de referência.Apoiar atividades de Recursos Humanos no projeto
Participar de ações de recrutamento e seleção, integração de equipes e treinamentos. Contribuir para outras atividades de RH em articulação com o PNUDO/a titular desempenha outras funções dentro do seu perfil funcional que considere necessárias ao bom funcionamento do Projeto.
Os resultados-chave esperados para este posto visam a estruturação de estratégias de ação e acompanhamento de modo a garantir a qualidade, eficiência e efetividade na implementação do projeto em âmbito nacional, de forma alinhada com as metas e prioridades acordadas pelo PNUD e o STJ, contribuindo para promoção da cidadania, em linha com os princípios da diversidade, inclusão, ética e do humanismo.
Linha de Reporte
O(a) contratado(a) será supervisionado(a) pelo/a Gerente Sênior do PNUD.
Competências Core
Alcançar Resultados:
NÍVEL 2: Amplia soluções e simplifica processos, equilibrando rapidez e precisão na execução do trabalho.
Pensamento Inovador:
NÍVEL 2: Propõe novas ideias e está aberto a abordagens inovadoras, demonstrando pensamento sistêmico e integrado.
Aprendizagem Contínua:
NÍVEL 2: Sai da zona de conforto, aprende com os outros e apoia o aprendizado
deles.
Adaptar com Agilidade:
NÍVEL 2: Adapta processos e abordagens para novas situações, envolvendo outros no processo de mudança.
Atuar com Determinação:
NÍVEL 2: Persevera e lida com múltiplas fontes de pressão simultaneamente.
Engajar e ser parceiro:
NÍVEL 2: Atua como facilitador e integrador, reunindo pessoas e construindo ou mantendo coalizões e parcerias.
Promover Diversidade e Inclusão:
NÍVEL 2: Facilita conversas para superar diferenças e leva isso em consideração na tomada de decisões.
Competências em Gestão de Pessoas
As competências esperadas dos gestores de pessoas na UNDP podem ser encontradas através do link.
Competências Técnicas e Transversais
Direção e Estratégia de Negócios - Pensamento Estratégico:
Desenvolver estratégias eficazes e planos prioritários alinhados com a missão e os objetivos do PNUD, baseando-se em uma análise sistêmica de desafios, oportunidades e riscos potenciais; conectar a visão geral à realidade no campo para criar soluções tangíveis e direcionadas; aprender a partir de diversas fontes para antecipar e responder de forma eficaz às tendências atuais e futuras; demonstrar capacidade de previsão.
Direção e Estratégia de Negócios - Pensamento Sistêmico:
Capacidade de usar análise objetiva e julgamento de problemas para entender como os elementos inter-relacionados coexistem dentro do todo de um processo ou sistema, e considerar como a alteração de um elemento pode impactar outras partes do sistema.
Desenvolvimento de negócios - Design centrado no Humano:
Capacidade de desenvolver soluções para problemas envolvendo a perspectiva humana em todas as etapas do processo de resolução de problemas. Conhecimento e compreensão dos princípios e práticas de design centrado no ser humano.
Gestão de negócios - Gestão de Projetos:
Capacidade de planejar, organizar, priorizar e controlar recursos, procedimentos e protocolos para alcançar objetivos específicos
Agenda 2030: Paz - Estado de Direito, Segurança e Direitos Humanos:
Direitos Humanos e Integração dos ODS
Agenda 2030: Paz - Estado de Direito, Segurança e Direitos Humanos:
Instituições Eficazes do Setor de Justiça
Agenda 2030: Paz - Estado de Direito, Segurança e Direitos Humanos:
Acesso à Justiça
Habilidades e experiência necessárias
Requisitos mínimos de educação:
Diploma Universitário avançado (Mestrado ou equivalente) em Ciências Humanas, Ciências Sociais, Direitos Humanos, Direito, Administração, Gestão Pública ou áreas afins é requerido, ou
Diploma do Ensino Superior (Bacharelado) em Ciências Humanas, Ciências Sociais, Direito, ou Gestão Pública combinado com 2 (dois) anos adicionais de experiência qualificada, será devidamente considerado em substituição ao Diploma Universitário avançado.
Anos mínimos de experiência profissional relevante:
Mínimo de 2 anos (para Mestrado) ou 4 anos (para Bacharelado) de experiência profissional relevante em coordenação de projetos Direitos Humanos ou Acesso à Justiça;
Habilidades necessárias:
Experiência na coordenação de projetos na área de Direitos Humanos ou Acesso à Justiça.
Habilidades desejadas, além das competências abordadas na seção Competências:
Experiência de trabalho com parceiros do Sistema de Justiça.
Experiência em atividades relacionadas a Direitos Humanos e Acesso à Justiça.
Conhecimento do pacote office.
Idiomas exigidos:
Fluência em Português é necessária
Conhecimento intermediário de inglês será considerado um diferencial
Certificações:
Certificação ou MBA em Gerenciamento de Projetos será considerado um diferencial (desejável)
Isenção de Responsabilidade
Igualdade de Oportunidades
Como empregador que promove a igualdade de oportunidades, o PNUD valoriza a diversidade como uma expressão da multiplicidade de nações e culturas nas quais operamos e, como tal, convidamos todos/as os/as candidatos/as qualificados/as de diferentes origens a se candidatarem aos diversos cargos em nossa organização. Nossas decisões de contratação são baseadas no mérito e na adequação ao cargo, sem qualquer tipo de discriminação.
O PNUD também está comprometido com a criação de um ambiente de trabalho inclusivo, onde todos os colaboradores estejam empoderados para contribuir com nossa missão, sejam valorizados, possam prosperar e se beneficiar de oportunidades abertas a todos/as.
Assédio sexual, exploração e abuso de autoridade
O PNUD não tolera assédio, assédio sexual, exploração, discriminação e abuso de autoridade. Portanto, todos/as os/as candidatos/as selecionados/as passam por verificações rigorosas e espera-se que cumpram os respectivos padrões e princípios.
Direito de selecionar múltiplos/as candidatos/as
O PNUD reserva-se o direito de selecionar um/a ou mais candidatos/as a partir deste anúncio de vaga. Também poderemos manter os currículos recebidos e considerar os/as candidatos/as para outras vagas semelhantes no PNUD, com o mesmo nível e com descrições de cargo, requisitos de experiência e formação acadêmica similares.
Alerta de fraude
O PNUD não cobra nenhuma taxa em nenhuma etapa dos seus processos de recrutamento. Para mais informações, visite: www.undp.org/scam-alert